As telas como recurso pedagógico apresentam possibilidades para as crianças. A partir da segunda infância (7 anos de idade), é possível pensar no acesso a conteúdos que podem despertar ou ampliar a curiosidade delas por assuntos diversos. Por exemplo, softwares simples de música e instrumentos podem iniciá-las nessa linguagem e levá-las a se interessarem cada vez mais. Google Earth, Maps ou Stellarium podem servir como ferramentas de compreensão e imaginação do mundo e do universo. Museus virtuais hoje são realidades disponíveis a um clique de nós, possibilitando que vejamos coleções, pinturas e outros tantos elementos que dizem respeito à cultura humana e à biodiversidade do nosso planeta.
A democratização do conhecimento e a criação de ferramentas maravilhosas fizeram com que as telas estivessem disponíveis para interações e aprendizagens impensáveis há algumas décadas atrás. Cabe ao adulto encontrar, compreender estes recursos e guiar a criança nas suas descobertas.
Porque não fazer bibliotecas e repositórios de músicas, vídeos, filmes e livros? Há uma vantagem simples, ao invés de cair no abismo da busca e no oceano de alternativas disponíveis, organizamos com a criança um banco de materiais que dizem do seu gosto particular. O que ganhamos com isso? Vamos obter alguns critérios, algumas balizas contra o caos das telas. O que precisamos é organizar as múltiplas filmotecas, videotecas e bibliotecas virtuais para servir para o que queremos e gostamos.
Quem sabe montar por escrito, se a criança já sabe ler, o repertório. Por exemplo, “desenhos de heróis”, “desenhos de fadas”, “desenhos de dar medo”… De algum modo, você e o seu filho começam a pensar sobre o que se vê, começam um positivo processo de atenção à representação visual.
A atenção guiada poderá fazer a criança saber narrar o que assistiu, depreender um enredo com poucas palavras, quem sabe perceber ligações entre o desenho e o cinema.
Seguir as dicas apresentadas na nossa série é uma forma de você cuidar da saúde e da criatividade dos seus filhos.